Bem-aventurado aquele que é grande, olha para o alto e vê mais longe, vislumbrando até o pântano, cheio de crocodilos, em direção do qual caminham seus inimigos. Daqueles que hoje triunfam sobre seu infortúnio nada restará, nem mesmo a poeira dos ossos sobre os quais antes tilintavam antigas moedas, depois sem valor nenhum, pois não será necessário mais do que o que o vento para dissipar sua arrogância.
Bem-aventurado aquele que se solidariza com o fraco, enfrenta o forte, desafia os poderosos e mantém sua confiança e solidariedade para com os humildes. O reino dos poderosos, por mais poderosos que sejam, sempre terá fim, e a data do fracasso deles é inescrutável para todos nós, inclusive para aqueles a quem tanto fazem sofrer.
Bem-aventurado aquele que diz não aos favores ilícitos, recusa migalhas ou polpudas corrupções e se mantém incólume à beira do pântano, sabendo discernir sempre que a água que lhe mata a sede não vem das proximidades, mas de longe, de fonte limpa, e para alcançá-la é preciso caminhar um pouco mais, ainda que com pés doloridos.[Fonte:www.jb.com.br]
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