No caso brasileiro, nossa principal edificação – a Estação Antártica Comandante Ferraz – está localizada numa situação privilegiada, já que pode contar com a captação de água em duas grandes reentrâncias na rocha, que acumulam a água oriunda do degelo, formando lagoas que permitem o abastecimento por praticamente todo o ano. No entanto, já ocorreram situações em que, seja pelo inverno rigoroso, seja pelo consumo abusivo de água, a Estação passou por períodos de escassez, gerando a necessidade de medidas drásticas de controle do consumo e alto investimento energético para a transformação de neve em água. Observa-se que, para a produção de 300 litros de água, é necessário derreter cerca de 1.000 litros de neve!
Mesmo considerando que a água é um recurso abundante, é preciso também avaliar que toda a água consumida será transformada em resíduo líquido e que, dada as características especiais da Antártica, esses dejetos deverão ser tratados, demandando novamente uma grande quantidade de energia e tecnologias adequadas à esse tratamento (SOARES, GONÇALVES e ALVAREZ, 2009).
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