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segunda-feira, 21 de março de 2011

JAPÃO X FUKUSHIMA 1

Tóquio, 20 mar (Prensa Latina) O governo japonês informou hoje que a central nuclear de Fukushima-1 será finalmente fechada diante dos problemas acumulados depois do terremoto e tsunami do passado dia 11, incluídos vazamentos de material radiativo.

  Ao observar a situação objetivamente, está claro, disse à imprensa o principal porta-voz do governo, Yukio Edano, depois de ter sido perguntado se essa medida está prevista uma vez controlados os reatores da planta, afetados pelo superaquecimento.

Este é o primeiro pronunciamento oficial com respeito ao futuro de Fukushima-1, centro de uma tragédia que preocupa além das fronteiras do arquipélago japonês.

A decisão é inevitável porque a água do mar utilizada diante da urgente necessidade de esfriar as unidades é corrosiva e inutilizaria algumas partes importantes da central.

No dia de hoje manteve-se água sobre piscinas de barras usadas de combustível como parte das tarefas para combater o superaquecimento.

Dezenas de toneladas de água foram jogadas sobre a unidade 4, missão cumprida por equipes das forças de Autodefesa e a qual seguiu a uma similar realizada pelo Corpo de Bombeiros de Tóquio na 3, concluída às 03:40 hora local deste domingo.

Os esforços concentram-se nesse último reator, entre outras razões, porque na quarta-feira passada observou-se um escape de fumaça, interpretado como sinal de que a piscina pudesse estar fervendo.

Também, as barras usadas nesse depósito são uma mistura de óxidos de urânio e plutônio, mais difícil de controlar que as do primeiro desses elementos.

Um aumento da temperatura pode fazer descer o nível da água, o que provoca a exposição e fusão do combustível e conseguinte emissão de substâncias altamente radiativas, no pior dos casos, de acordo com especialistas.

Momento de tensão foi o anúncio de que a pressão no contâiner de contenção da unidade 3 aumentava, mas a operadora da planta, Tokio Electric Power Co., depois informou que esta se estabilizou com o que se adiou um plano para liberar gases.

Essa companhia trabalha também para levar um fornecimento estável de eletricidade aos edifícios das unidades 1,2 ,5 e 6 com a esperança de restabelecer seus sistemas de esfriamento, afetados depois do terremoto de 9.0 graus na escala Richter e o subseguinte maremoto.

As três primeiras unidades da planta detiveram-se automaticamente no momento do terremoto, mas perderam suas funções básicas de esfriamento ao se suspender o fornecimento de eletricidade.

Estima-se que seus núcleos derreteram de maneira parcial, enquanto as unidades 5 e 6 têm relativamente menos problemas.

Também se informou a detecção de altos níveis de radiação no leite e espinafre em mostras tomadas nas áreas próximas a Fukushima-1, situação comunicada pela primeira vez ontem.

Como na ocasião anterior, Edano disse que a quantidade encontrada não representa um risco imediato para a saúde humana e esclareceu que esses produtos não chegaram ao mercado.

A outra parte da tragédia que vive este arquipélago desde ontem revela que o número de mortos pelo pior terremoto em sua história e o tsunami se elevou para sete mil 653 e a de desaparecidos para 11 mil 746, de acordo com um relatório oficial que encerrou ao meio dia.[Fonte:www.prensa-latina.cu/]

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